5.4.05

Desperado

Já passaram lustres e nada de nada. O mar está calmo. O barco não mexe. O cordame nem chia.
Será que os ditos revolucionários, os interventores, os 10ASSOSSEGADOS, os inquietos, os irrequietos, os irreverentes, os irras todos... estão reformados, ou então acomodados às revoluções gravadas em filme ou relatadas em livro, ou, até, valha-nos quem puder, ao noticiário da TVI?
Espero ansiosamente que algo mexa por essas bandas. Algo que afogue a secura desta pasmaceira (O Sahara é uma praia mediterrânica).
Imperam os espertos, os audazes de polichinelo, os habilidosos, os esguelhas, os cobradores de comissões (por decisões) e até o sabedores de factos irrelevantes, mas importantes para entreter a manada. Não há lugar para os criativos, os eloquentes, os sábios, os éticos ou deontológicos. Não há espaço para o idealismo.
Há uma crise de valores, sim. Não de dogmas, doutrinas ou credos. Mas de inteligência, de liberdade, de responsabilidade.
Precisamos acreditar que o planeta é de todos. Principalmente dos que estão por vir. E temos o dever de os acolher no melhor mundo possível.
Mexam-se. Criem. Com responsabilidade e inteligência. Com Amor.

ales